RODRIGO SOARES RIBEIRODANIELE DE OLIVEIRA SANCHES ALMENDOASMARIA TEREZA MEIRA TEIXEIRA2025-06-182025-06-182025-05-31https://repositorio.unifev.edu.br/handle/123456789/446A morte, embora inevitável, ainda é um tema cercado por tabus, tanto na sociedade quanto nos serviços de saúde. Para os profissionais de enfermagem, estar diante da finitude humana é uma realidade cotidiana que exige não apenas domínio técnico, mas também sensibilidade, escuta e equilíbrio emocional. Este estudo teve como objetivo verificar os principais desafios encontrados por enfermeiros na assistência a pacientes em processo ativo de morte, assim como identificar estratégias que possibilitem uma atuação mais humanizada e centrada na dignidade do paciente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e descritiva, baseada em fontes científicas atualizadas sobre cuidados paliativos e atuação da enfermagem diante da terminalidade da vida. Os achados revelam que, diante da complexidade do cuidado ao paciente em processo ativo de morte, o enfermeiro precisa lidar com obstáculos que vão desde a ausência de preparo específico e suporte institucional até conflitos éticos e emocionais. A comunicação eficaz, o manejo da dor total, o respeito às decisões do paciente e o acolhimento da família - inclusive no momento pós-morte - são aspectos centrais de uma assistência que visa mais do que prolongar a vida: visa promover conforto, alívio e sentido até o fim. A Teoria do Conforto de Kolcaba é destacada como um alicerce importante para o cuidado de enfermagem nesse contexto, ao propor intervenções que atendam às necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente. Estratégias como a escuta ativa, a presença acolhedora e o trabalho em equipe interdisciplinar mostram-se fundamentais para garantir que o cuidado ultrapasse as barreiras do tecnicismo e alcance a integralidade. Além disso, o estudo evidencia a urgência de incorporar os cuidados paliativos à formação dos profissionais de saúde e reforça a importância da Política Nacional de Cuidados Paliativos como instrumento para garantir acesso, qualidade e equidade na assistência ao fim da vida. Conclui-se que o enfermeiro é fundamental no cuidado ao paciente em processo ativo de morte, que vai muito além de procedimentos: trata-se de uma presença cuidadora, capaz de reconhecer a singularidade de cada trajetória e de oferecer, com ética e compaixão, um cuidado que respeita o tempo, os limites e os desejos do ser humano que está partindo.ptcuidados paliativosenfermagemprocesso de morte e morreréticahumanizaçãoDESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO À PACIENTES EM PROCESSO ATIVO DE MORTE