Navegando por Autor "Ariane Cardoso Alves"
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Item HPV E CÂNCER DE COLO UTERINO(2024-12-04) Ariane Cardoso Alves; Renata Braz de Lima; Renata Pires de AssisO Papilomavírus Humano (HPV) é um agente causador de diversas lesões, incluindo o câncer de colo do útero. Os tipos 16 e 18 do HPV são os principais responsáveis pelo desenvolvimento desse tipo de câncer, além de outras patologias malignas, como os cânceres de ânus e vulva. Globalmente, o HPV é responsável por 4,5% dos casos de câncer, com 8,6% desses afetando mulheres. No Brasil, o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum entre as mulheres. Este estudo teve como objetivo descrever sobre as características do HPV, formas de transmissão, patologias associadas, métodos de diagnóstico e estratégias de prevenção, com foco na vacinação e seu impacto na redução do câncer de colo do útero. Foi realizada uma revisão da literatura, com abordagem narrativa descritiva, consultando as bases de dados como SciELO, MEDLINE e PubMed. O levantamento incluiu artigos publicados nos últimos dez anos, além de documentos de órgãos de saúde, como a ANVISA, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. O diagnóstico clínico inclui avaliação visual, colposcopia e biópsia para confirmação de lesões suspeitas. O diagnóstico clínico das lesões causadas pelo HPV envolve inicialmente a inspeção visual, sendo a colposcopia fundamental para uma avaliação detalhada do colo do útero, permitindo a identificação de lesões suspeitas e áreas de epitélio anormal. Exames como peniscopia e anuscopia também são importantes para a detecção de lesões em áreas anogenitais, particularmente em pacientes de alto risco. A biópsia é indicada em casos em que há suspeita de neoplasia, permitindo a confirmação histopatológica das lesões. O diagnóstico laboratorial é baseado em métodos citológicos e moleculares, o exame de Papanicolau é o mais utilizado para triagem de lesões cervicais, embora possua limitações em termos de sensibilidade, ele é uma ferramenta essencial para a detecção precoce de alterações celulares. Adicionalmente, o teste de DNA para HPV é uma técnica avançada que oferece maior sensibilidade, permitindo a identificação de infecções por tipos de HPV de alto risco, como os tipos 16 e 18. A técnica de captura híbrida também tem se mostrado eficaz na detecção dessas infecções, utilizando sondas específicas para identificar DNA viral. A combinação desses métodos permite uma avaliação mais abrangente, aumentando as chances de detecção precoce e tratamento eficaz das lesões precursoras do câncer de colo do útero. A vacinação contra o HPV, incorporada no Brasil a partir de 2014, é altamente eficaz na prevenção do câncer de colo do útero, especialmente quando aplicada antes do início da vida sexual. No entanto, o impacto na redução da incidência e mortalidade ainda é limitado devido a recente implementação da vacina, ao longo período de desenvolvimento da doença e à baixa adesão à vacinação, que ainda enfrenta desafios como a hesitação vacinal e o acesso restrito a serviços de saúde. A vacinação contra o HPV é uma ferramenta crucial para prevenir o câncer de colo do útero. Contudo, a adesão à vacina e o acesso aos serviços de saúde precisam ser fortalecidos para maximizar seu impacto. Campanhas de conscientização contínuas e políticas públicas eficientes são fundamentais para alcançar uma redução significativa da carga desse tipo de câncer no Brasil.