TERAPIAS IMUNOMODULADORAS E IMUNOBIOLÓGICAS NA DOENÇA DE CROHN: MECANISMOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS

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2025-12-03

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A Doença de Crohn (DC) é uma condição inflamatória intestinal crônica de etiologia multifatorial e complexa. Sua patogênese está diretamente ligada a uma resposta imune desregulada e excessiva contra a microbiota intestinal, resultando em inflamação persistente e danos teciduais severos. Diante do desafio contínuo que a DC representa para a clínica, as terapias imunomoduladoras e imunobiológicas estabeleceram-se como as principais abordagens terapêuticas. Este trabalho teve como objetivo analisar o papel dos imunomoduladores e dos imunobiológicos no tratamento da DC, enfatizando seus mecanismos de ação, eficácia clínica demonstrada e o impacto que promovem no controle da atividade inflamatória intestinal. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura de caráter narrativo e descritivo, o levantamento bibliográfico foi por meio de uma busca detalhada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), MEDLINE e PubMed. Priorizou-se artigos originais e diretrizes publicados no intervalo de 2002 a 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol, além de incluir a consulta a documentos oficiais e fontes regulatórias como o Ministério da Saúde (MS), a ANVISA e a OMS. Os resultados da pesquisa confirmam que o sucesso do manejo terapêutico na DC depende da capacidade desses agentes em modular e reequilibrar a resposta imune, oferecendo maior eficácia na indução e manutenção da remissão da DC. As classes de agentes imunológicos essenciais compreendem: os imunomoduladores tradicionais (como a azatioprina, 6-mercaptopurina e o metotrexato), fundamental na manutenção da remissão por meio da inibição da proliferação linfocitária; e os imunobiológicos (anticorpos monoclonais), indicados para as formas moderadas a graves ou refratárias. Entre os biológicos, a pesquisa destacou os anti-TNF-α (infliximabe e adalimumabe), os inibidores de migração celular, as anti-integrinas (vedolizumabe), e a nova geração de terapias alvo, representada pelos anti-IL-23 (guselkumabe e mirikizumabe). Em conclusão, a evolução das terapias biológicas e imunomoduladoras representa um avanço decisivo no panorama do tratamento da DC, pois possibilita um controle mais efetivo da progressão da doença e assegura uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes.

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Palavras-chave

Doença de Crohn, Doença inflamatória intestinal, Imunomoduladores, Imunobiológicos, Terapias biológicas

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