SEGURANÇA URBANA EM CIDADES INTELIGENTES INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS E POLICIAMENTO COMUNITÁRIO PARA REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE
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Data
2024-11-09
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Resumo
A integração de tecnologias avançadas e policiamento comunitário em cidades inteligentes contribuem para a segurança urbana e a redução da criminalidade. Nesse contexto, explora-se a intersecção das ferramentas tecnológicas e estratégias de policiamento para a segurança pública urbana. A partir dessa proposição, o presente trabalho teve como objetivo averiguar a possibilidade de redução das taxas de criminalidade, no sentido de evitar as desigualdades e limitações das tecnologias para a promoção das cidades inteligentes. A justificativa foi baseada na necessidade premente de abordar os desafios relacionados à segurança urbana em um contexto de rápida urbanização e avanço tecnológico. Para tanto, utilizou-se como metodologia revisões bibliográficas e doutrinárias pertinentes à criminologia e às cidades inteligentes, bem como utilizou-se do método de raciocínio hipotético-dedutivo e abordagem qualitativa, para o aperfeiçoamento das tecnologias utilizadas atualmente. Inicialmente, foram abordados conceitos histórico-econômicos do início das cidades e a transição para as cidades inteligentes, que se caracterizam pelo uso de tecnologias avançadas (Internet das Coisas – IoT), big data e inteligência artificial que, além de otimizarem a gestão urbana, otimizam também a segurança pública. No campo da Criminologia, resgatou-se teorias clássicas (Teoria das Janelas Quebradas e Escola de Chicago), que relacionam a desordem urbana com a criminalidade. O Movimento de Lei e Ordem e a Política de Tolerância Zero são contextualizados sobre o controle rigoroso em face de pequenos delitos, a fim de evitar crimes de maior potencial ofensivo. O Direito Urbanístico e sua relação com a prevenção ao delito também são abordados, dando enfoque ao planejamento urbano como ferramenta crucial para a redução da criminalidade. Abordou-se, também, o papel da prova testemunhal e o avanço das tecnologias de identificação biométrica e o reconhecimento facial no combate ao crime, oferecendo benefícios em investigações e processos judiciais. Casos como o Projeto “Crystal Ball” e o Smart Sampa foram apresentados para ilustrar o uso dessas tecnologias na segurança pública. Como contraponto, os desafios éticos e legais envolvidos, como o direito à privacidade e o sigilo de dados. O uso de reconhecimento facal, em particular, levanta preocupações quanto à discriminação e ao risco de violações de direitos fundamentais, exigindo um equilíbrio entre segurança e privacidade. Concluiu-se, assim, que a implementação de um modelo de cidade inteligente, que integra tecnologias avançadas de vigilância, como análise de dados em tempo real e inteligência artificial, pode desempenhar um papel significativo na redução das taxas de criminalidade, pois permitem uma resposta mais rápida e eficaz aos incidentes criminais, facilitando a identificação e a prevenção de atividades suspeitas. Além disso, ao combinar com o policiamento comunitário, as cidades inteligentes podem criar ambientes urbanos mais seguros e justos, superando as limitações das tecnologias tradicionais e contribuindo para a segurança pública, Em síntese, o artigo propõe que as tecnologias avançadas e o policiamento comunitário podem ser uma ferramenta eficaz na redução da criminalidade urbana, desde que implantada com rigor ético e jurídico.
Descrição
Palavras-chave
cidades inteligentes, criminologia, reconhecimento facial, segurança urbana.