OS PRINCIPAIS ERROS PRÉ-ANALÍTICOS E SUAS INTERFERÊNCIAS LABORATORIAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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2024-12-03

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Resumo

Os procedimentos laboratoriais são realizados por três fases, a pré-analítica, analítica e pós- analítica. A fase pré-analítica é o período entre a solicitação do exame médico até a sua realização no laboratório clínico. Esta fase, possui grande parte de erros laboratoriais, é a fase mais importante nos processos de testes laboratoriais clínicos, sendo ela também a fase que mais acomete erros, por muitos deles não estarem sob controle direto do laboratório, como amostras hemolisadas, volume insuficiente, falta de identificação correta, tempo de jejum inadequado, flebotomia incorreta, entre outros erros que podem prejudicar o resultado para o diagnóstico final. Os laudos laboratoriais são de suma importância para as decisões médicas, entretanto é imprescindível que todas as etapas sejam realizadas corretamente, a fim de evitar tais erros, podendo atrapalhar no diagnóstico e até mesmo algum tratamento de determinado paciente. De acordo com o tempo. o avanço da tecnologia chegou aos laboratórios, proporcionando uma melhora significativa nos diagnósticos, como exemplo essa tecnologia diminuiu grande parte dos erros da fase analítica, pois nela, grande parte é realizada através de automação. Na fase pré-analítica corresponde aproximadamente a 68% dos erros laboratoriais. Literaturas atuais apontam que os erros são referentes ao laboratório, embora o paciente não seja anulado deste padrão. O trabalho teve como objetivo principal relatar os principais erros da fase pré-analítica e também como a má administração da coleta, transporte, armazenamento, podem impactarem problemas no diagnóstico laboratorial. O presente trabalho, foi realizado como uma revisão bibliográfica, onde foi pesquisado em bancos de dados como SciElo, PubMed, Medline as principais interferências que ocorrem durante a fase pré-analítica, selecionando os artigos dos últimos 20 anos, utilizando descritores como: erros pré-analíticos, interferências laboratoriais. Durante as pesquisas, foi observado que a fase pré-analítica apresentou uma porcentagem de erros equivalentes a 70% das interferências laboratoriais, tendo como os principais hemólise, amostras insuficientes e amostras coaguladas, também foi observado que a implementação dos programas de controle de qualidade reduziu os erros, que no início era de 75% para 24%. Muitos diferentes tipos de erros estão relacionados à fase pré- analítica. Sendo a fase mais importante e a mais propícia a erros, sendo erros diretamente relacionados ao processo manual e com o paciente. De acordo com a revisão da literatura os erros mais frequentes que ocorrem na fase pré-analítica foram hemólise de 40 a 70%, amostras insuficientes 0,04 a 5,71% e amostras coaguladas sendo 0,2 a 10,7%. Conclui-se, portanto, que a fase pré-analítica, mesmo com os avanços tecnológicos é uma fase que depende muito dos trabalhos manuais, diferente das outras fases que possui procedimentos automatizados, esta fase também é difícil de obter controle dos erros. Diante desses problemas expostos, um bom treinamento dos profissionais para priorizar a qualidade do trabalho e uma gestão de controle de qualidade seriam essenciais para diminuição de erros pré-analíticos. Contudo os laudos estariam de acordo com a situação clínica do paciente, buscando um diagnóstico preciso e confiável, trazendo confiabilidade para os laboratórios, profissionais e pacientes.

Descrição

Laboratory procedures are carried out in three phases, pre-analytical, analytical and post- analytical. The pre-analytical phase is the period between the request for the medical examination and its performance in the clinical laboratory. This phase, with a large part of laboratory errors, is the most important phase in clinical laboratory testing processes, and it is also the phase that most affects errors, as many of them are not under direct control of the laboratory, such as hemolyzed samples, insufficient volume, lack of correct identification, inadequate fasting time, incorrect phlebotomy, among other errors that can impair the result for the final diagnosis. Laboratory reports are of paramount importance for medical decisions, however it is essential that all steps are carried out correctly, in order to avoid such errors, which can hinder the diagnosis and even some treatment of a particular patient. According to time. The advancement of technology has reached laboratories, providing a significant improvement in diagnoses, as an example this technology has reduced most of the errors in the analytical phase, as in it, a large part is carried out through automation. In the pre-analytical phase, it corresponds to approximately 68% of laboratory errors. Current literature indicates that the errors are related to the laboratory, although the patient is not exempted from this pattern. The main objective of this study was to report the main errors of the pre-analytical phase and also how poor management of collection, transportation, and storage can impact problems in laboratory diagnosis. The present work was carried out as a bibliographic review, where it was searched in databases such as SciElo, PubMed, Medline the main interferences that occur during the pre-analytical phase, selecting the articles from the last 20 years, using descriptors such as: pre-analytical errors, laboratory interferences. During the research, it was observed that the pre-analytical phase presented a percentage of errors equivalent to 70% of laboratory interferences, with the main hemolysis being insufficient samples and coagulated samples, it was also observed that the implementation of quality control programs reduced errors, which at the beginning was from 75% to 24%. Many different types of errors are related to the pre- analytical phase. Being the most important phase and the most prone to errors, being errors directly related to the manual process and with the patient. According to the literature review, the most frequent errors that occur in the pre-analytical phase were hemolysis of 40 to 70%, insufficient samples 0.04 to 5.71% and coagulated samples of 0.2 to 10.7%. It is concluded, therefore, that the pre-analytical phase, even with technological advances, is a phase that depends a lot on manual work, unlike the other phases that have automated procedures, this phase is also difficult to obtain control of errors. In view of these problems, good training of professionals to prioritize the quality of work and quality control management would be essential to reduce pre-analytical errors. However, the reports would be in accordance with the patient's clinical situation, seeking an accurate and reliable diagnosis, bringing reliability to laboratories, professionals and patients.

Palavras-chave

erros. interferências. laboratório. fase pré-analítica. diagnóstico.

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