REFLEXOS DA JUDICIALIZAÇÃO NA SAÚDE SUPLEMENTAR: ANÁLISE DAS DEMANDAS JUDICIAIS MAIS COMUNS CONTRA PLANOS DE SAÚDE

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2025-12-06

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Resumo

O presente trabalho analisa o fenômeno da judicialização da saúde suplementar no Brasil, enfatizando suas causas, suas principais demandas e seus reflexos econômicos, jurídicos e regulatórios. Parte-se da compreensão da saúde como direito fundamental consagrado pela Constituição Federal de 1988 e examina-se a atuação da iniciativa privada na prestação dos serviços de assistência médica por meio dos planos de saúde. A pesquisa tem como objetivo geral investigar como a judicialização impacta a efetividade do direito à saúde e o equilíbrio do setor suplementar; como objetivos específicos, busca identificar as demandas mais recorrentes, examinar os fundamentos jurídicos que as sustentam e avaliar suas repercussões sobre a regulação e a sustentabilidade das operadoras. A problemática central que orienta o estudo consiste em compreender de que forma a intervenção judicial, embora essencial para a proteção do consumidor, pode simultaneamente reforçar o direito fundamental à saúde e gerar desequilíbrios econômicos e regulatórios no sistema de saúde suplementar. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória e bibliográfica, baseada em análise de doutrina, legislação, documentos técnicos e jurisprudência atualizada, especialmente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O estudo também examina o marco normativo do setor — em especial as Leis nº 9.656/1998 e nº 9.961/2000 — e o papel regulatório da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Constatou-se que a judicialização decorre, principalmente, das negativas de cobertura, dos reajustes abusivos e das recusas a tratamentos fora do rol da ANS, evidenciando a vulnerabilidade do consumidor diante de práticas contratuais restritivas. Julgados recentes, como aqueles sobre uso off-label, fornecimento de medicação domiciliar e cobertura de home care, ilustram o papel essencial do Judiciário na concretização do direito à saúde. Conclui-se que, embora a intervenção judicial seja indispensável à tutela do consumidor, sua expansão desmedida impõe desafios à sustentabilidade econômica e à segurança regulatória do setor, exigindo maior diálogo entre ANS, Judiciário e sociedade civil para harmonizar as esferas técnica e jurídica.

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Palavras-chave

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Direito à saúde, Judicialização, Planos de saúde, saúde suplementar

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